quarta-feira, 14 de julho de 2010


Houve um tempo em que eu precisava de uma casa enorme para guardar tudo aquilo que eu imaginava indispensável. Depois, as coisas que supunha muito importantes para mim cabiam numa sala pequena. Mais tarde, essas coisas "extremamente importantes" passaram a caber num armário de tamanho médio no quarto do fundo. Bem depois, coloquei tudo aquilo que ainda considerava “muito importante” no porta-malas de um carro conversível — e saí pelo mundo. Andei, tomei sol e chuva, ar e vento, brisas e tormentas, amei com a liberdade mais absoluta — e fui me despojando ainda mais. Tanto, que agora, cheio de amor e pleno de vida, vejo que todas as coisas verdadeiramente importantes para mim, hoje, cabem dentro de uma calça jeans e de uma camiseta branca de algodão gostoso, que estou usando.
— Não preciso nem de sapatos!

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